Segundo a imprensa, as defesas também foram ativadas no centro de Teerã, onde o complexo do líder supremo aiatolá Ali Khamenei e o escritório presidencial estão localizados.
A Press TV informou que mísseis foram interceptados ao sul da capital Teerã, enquanto a Rádio e Televisão da República Islâmica do Irã (IRIB) comentou que o oeste da cidade estava sendo atingido por novos ataques.
Karaj, uma cidade próxima a Teerã, também foi alvo, informou a IRIB.
Além disso, a mídia estatal do país relatou que um drone de Israel foi abatido nas proximidades Usina de Enriquecimento de Combustível de Fordow.
A CNN entrou em contato com o Exército israelense e aguarda retorno.
A ofensiva anunciada por Israel visa o programa nuclear iraniano e importantes lideranças militares.
O comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês), general Hossein Salami, foi morto nos bombardeios.
Ele estava entre as figuras mais poderosas e influentes do país. O IRGC supervisiona o desenvolvimento de mísseis balísticos e reprime a dissidência no país.
O major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã (oficial militar de mais alta patente do país), também foi morto pelos ataques israelenses, informou a TV estatal iraniana IRINN.
Segundo o premiê israelense Benjamin Netanyahu, os ataques vão continuar por “muitos dias”.
Netanyahu declarou que a operação atingiu a principal instalação de enriquecimento do Irã em Natanz, além de cientistas nucleares e o que ele chamou de “o coração do programa de mísseis balísticos do Irã”.
O Irã lançou mais de 100 drones em direção ao território israelense, informou o exército israelense nesta sexta-feira (13).
“Todos os sistemas de defesa [aérea] estão operando para interceptar as ameaças. Este é um evento diferente do que vivenciamos até agora, e prevemos momentos difíceis. Devemos demonstrar resiliência e paciência”, disse a porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin.
As IDF abateram os drones do Irã, segundo um oficial militar.
“As Forças de Defesa de Israel começaram a interceptar drones disparados do Irã, fora do território israelense”, disse um oficial das IDF à CNN.
O Ministério das Relações Exteriores, havia dito anteriormente que tem o direito de retaliar Israel, acusando Washington de auxiliar o ataque noturno, apesar dos EUA negarem.
O Irã “não hesitará em defender a nação”, disse a pasta, afirmando também que os ataques israelenses não poderiam ter ocorrido sem a assistência americana que, segundo ele, eram responsáveis pelas consequências das ações de Israel.
“Tais atos de agressão do regime sionista contra o Irã não poderiam ter ocorrido sem a coordenação e autorização dos Estados Unidos. Consequentemente, o governo americano, como principal apoiador do regime, também é responsável pelas consequências perigosas dessa escalada imprudente”, afirma o comunicado.
O porta-voz das Forças Armadas do Irã, Abolfazl Shekarchi, alertou sobre a reação e que os EUA e Israel “vão pagar caro”.
“A República Islâmica do Irã certamente retaliará, e o inimigo pagará um preço alto”, disse Shekarchi à agência de notícias estatal iraniana IRNA. Israel e os EUA “pagarão caro e sofrerão um duro golpe”, afirmou.